A Feira de Ciência da Willow International School, realizada no último Sábado na cidade de Maputo, reuniu mais de 1000 participantes, dos quais 800 eram alunos e 200 encarregados de educação. O evento, que decorreu nas instalações da instituição, serviu como palco de exibição de cerca de 300 projectos científicos, organizados em quatro categorias: física, química, matemática e biologia.
A iniciativa visava não só incentivar os estudantes a se envolverem com
a ciência e tecnologia, mas também contribuir para o desenvolvimento do país,
por meio da promoção da investigação e da criatividade entre os mais jovens. A Feira
de Ciência da Willow International School pretende tornar-se um evento anual,
reforçando o compromisso da instituição com a educação de qualidade e a
inovação.
Entre os projectos apresentados, destacaram-se protótipos de circuitos
eléctricos, máquinas solares para fazer cachorro-quente, experiências com misturas
químicas, soluções tecnológicas na área de engenharia e robótica, bem como
propostas sobre como combater a poluição do ar e práticas de reciclagem
ambiental.
Em entrevista à nossa equipa, Kaline Maybasse, professora de Biologia,
destacou o principal propósito do evento:
“Queremos que o aluno acredite no potencial que tem. Esta feira permite demonstrar, através dos projectos, o que são capazes de fazer” — afirmou.
A Feira de Ciência da Willow International School foi também um espaço para dar voz e palco aos próprios alunos. Mário Fermegam, estudante da 10ª classe, apresentou um projecto voltado à prevenção da poluição ambiental, enfatizando a importância de consciencializar a sociedade sobre os danos ambientais e a responsabilidade individual na sua mitigação.
“O nosso foco é fazer com que as pessoas compreendam os impactos que causam e comecem a agir com responsabilidade”, disse.
Já Kedres Tombila, aluna da 12ª classe, apresentou um aplicativo
inovador, no qual o utilizador insere os sintomas e recebe respostas sobre
possíveis doenças, uma ferramenta que pode vir a revolucionar o acesso a
informações básicas de saúde.
“É um projecto que visa facilitar a vida dos cidadãos, sobretudo nas zonas com acesso limitado a serviços médicos” — explicou.
A participação activa dos pais e encarregados de educação foi notória. Catarina
Dimande, mãe e encarregada, elogiou o envolvimento da escola em promover a
ciência de forma prática:
“Estas iniciativas são importantes porque mostram os resultados do trabalho em equipa entre alunos, professores e encarregados. Vemos aqui o que realmente aprendem” — declarou.
Neyde Acassamo, assistente executiva da Willow, reforçou a importância
do evento como modelo de inspiração para outras instituições:
“Queremos que os alunos ganhem gosto pela ciência. Este evento mostra que é possível inovar com pouco. Os gestores escolares deviam incentivar pequenos projectos de investigação como este” — referiu.
Ao final do certame, cerca de 94 alunos foram premiados, reconhecendo o
esforço e dedicação dos participantes nas diferentes áreas científicas. A Feira
de Ciência da Willow International School consolida-se, assim, como um marco
importante na formação de jovens pensadores e inovadores moçambicanos.
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