A greve dos médicos residentes do Hospital Central de Maputo, iniciada em 1 de Junho, foi suspensa após apenas um dia de paralisação. A principal motivação do protesto foi o não pagamento de horas extras em atraso, um problema que se arrasta há meses no sistema nacional de saúde.
Acordo com ministro leva à suspensão temporária da greve
Embora a greve dos médicos tenha sido suspensa, o clima de tensão persiste. A suspensão é temporária e condicional: caso o Governo não cumpra o compromisso de pagamento neste mês de Junho, a classe médica poderá retomar a paralisação a nível nacional.
A Associação Médica de Moçambique já sinalizou que, em caso de incumprimento, convocará uma nova reunião com os profissionais de saúde para deliberar sobre uma eventual greve nacional.
Avanços parciais no caderno reivindicativo
Segundo a Associação Médica, houve progressos consideráveis em relação às exigências previamente apresentadas ao executivo. Entre os pontos resolvidos destacam-se:
-
Regularização de subsídios não reflectidos nas folhas salariais;
-
Resolução da maioria dos casos de médicos sem remuneração.
Apesar disso, ainda persistem alguns casos por resolver, o que mantém a tensão latente no seio da classe médica.
Histórico de tensão entre médicos e Governo
Esta não é a primeira vez que os profissionais de saúde em Moçambique ameaçam entrar em greve. Nos últimos anos, têm sido frequentes os avisos e reivindicações, relacionados sobretudo a atrasos salariais, condições de trabalho precárias e falta de reconhecimento institucional.
O impacto da paralisação foi evidente nos corredores do maior hospital do país, o Hospital Central de Maputo, no dia 1 de Junho. A população enfrentou constrangimentos, reforçando a urgência de soluções duradouras.
0 Comentários