Maputo – Está patente na Biblioteca Nacional de Moçambique, na capital do país, uma exposição intitulada "Do Rovuma ao Maputo", que resgata e homenageia momentos icónicos da trajectória do Presidente Samora Machel e da luta pela independência nacional.
A exposição "Do Rovuma ao Maputo" insere-se nas comemorações da independência de Moçambique, sendo considerada pelas autoridades culturais como um marco de valorização do património histórico e da memória colectiva. O Ministério da Educação e Cultura destaca a mostra como um exemplo claro do papel fundamental das bibliotecas públicas na preservação da identidade nacional.
Segundo a tutela, a Biblioteca Nacional tem-se afirmado como um guardião da memória institucional, sendo este exercício de valorização da história replicado por delegações provinciais e distritais das bibliotecas públicas espalhadas pelo país. A exposição "Do Rovuma ao Maputo" visa, igualmente, sensibilizar o público sobre a importância de conservar o património documental, cuja degradação física tem preocupado especialistas e instituições.
O núcleo central da mostra assenta na evocação da luta de libertação nacional, destacando episódios e rostos que marcaram a resistência colonial, o processo da luta armada iniciada em 1964, e os Acordos de Lusaka assinados a 7 de Setembro de 1974, que abriram caminho para a proclamação da independência a 25 de Junho de 1975.
A exposição "Do Rovuma ao Maputo" reforça a mensagem de unidade nacional, vista como uma das maiores conquistas da independência e cujo fortalecimento contínuo é apresentado como desafio intergeracional. Para os organizadores, é essencial que novas gerações conheçam, valorizem e se apropriem deste legado como parte do seu processo formativo e cívico.
A mostra inclui fotografias raras, documentos originais, testemunhos e reproduções gráficas que narram o percurso histórico do povo moçambicano, desde as matas do norte até à celebração da soberania nacional. A curadoria da exposição procurou representar a diversidade de experiências vividas durante a luta, realçando também a importância da resistência cultural e da mobilização popular.
Ao colocar em evidência a figura de Samora Machel, enquanto símbolo de coragem e visão política, a exposição "Do Rovuma ao Maputo" assume-se como uma oportunidade pedagógica e um tributo ao espírito de libertação que moldou a nação.
Esta iniciativa pretende ser repetida periodicamente, servindo de plataforma para a renovação do compromisso com os valores fundacionais da República de Moçambique: independência, unidade, solidariedade e justiça social.


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